Assistência social no ambiente corporativo: integração, cuidado e vantagem competitiva.

Assistência social no ambiente corporativo
Créditos: VioletaStoimenova/iStock

O bem-estar e a qualidade do ambiente de trabalho são considerados fatores importantíssimos em termos de produtividade. Por isso, tornou-se elementar a atuação de assistentes sociais no setor de Recursos Humanos (RH).

Mas o que realmente faz um assistente social?

Em síntese, esse tipo de profissional atua focando especialmente em atender os direitos de pessoas, grupos e comunidades, em especial daqueles que se encontram em situação de vulnerabilidade ou exclusão social. Dentre as atribuições desse profissional, encontra-se o atendimento e acompanhamento individual e familiar.

Nele, orientam-se e apoiam-se as pessoas e as famílias que se encontram em situação de crise, considerando problemas de saúde, violência doméstica, dependência química, desemprego, pobreza, entre outros fatores que afetam diretamente o direito de existir com qualidade de vida.

Esse profissional também atua na gestão de políticas públicas. Nessa área, a atuação é direcionada a criação, avaliação e implementação de políticas voltadas à promoção da justiça social, igualdade e dignidade humana.

As pessoas com essa formação também atuam no apoio a instituições, seja trabalhando em hospitais, organizações sem fins lucrativos (ONGs), centros de assistência social.. Pode-se dizer, nesse sentido, que os assistentes sociais atuam na defesa de direitos fundamentais, como direito à educação, à saúde, à proteção social e à moradia.

Além de realizar atividades educativas, orientando sobre os direitos e deveres dos cidadãos, também atuam na mediação de conflitos dentro de famílias e comunidades, a fim de promover o diálogo igualitário. São muitas, portanto, as áreas de atuação desse tipo de profissional.

No entanto, é importante compreender que o assistente social não pode, em hipótese alguma, realizar procedimentos clínicos, praticar psicoterapia, emitir receitas médicas, diagnosticar tratamentos e fornecer serviços sem consentimento explícito informado.

Esses atos vão contra o código de ética profissional, bem como as regulamentações que definem as práticas desse tipo de trabalho. Em razão disso, comumente, o assistente social trabalha em conjunto com profissionais médicos, educadores e psicólogos.

O que é preciso para trabalhar como assistente social?

Para poder exercer essa profissão, é necessário possuir graduação em serviço social em uma instituição de ensino credenciada pelo Ministério da Educação (MEC).

Durante o curso, os estudantes aprendem sobre a história do serviço social, as teorias que transitam nas ciências sociais, políticas e psicológicas, bem como as metodologias de intervenção, pesquisa social, diversidade, cultura.

É possível, também, ser formado em algumas áreas das humanidades, como sociologia e ciência política, e cursar uma especialização em serviço social. Para melhorar o currículo, cursar especializações em saúde mental, políticas públicas, trabalho comunitário são de grande ajuda.

No que diz respeito à remuneração média da categoria, estima-se que transita entre R$ 2.712 e R$ 5.368,55. É importante compreender que se trata de uma estimativa, de modo que, dependendo do nível de qualificação e do local de trabalho, o valor pode ser maior.

Qual é a importância do serviço social para as empresas?

Ao olhar para o passado, percebe-se que ocorreram constantes mudanças no mundo do trabalho no transcorrer do tempo. Nesse sentido, o serviço social tornou-se, além de uma base interessante na melhora da produtividade, fundamental no que diz respeito à melhora da relação entre a empresa e os colaboradores.

Todavia, é importante destacar que cada empresa organiza o seu setor de RH conforme suas necessidades. Isso significa que profissionais como administradores, psicólogos, assistentes sociais, entre outros, podem compor esse setor.

No mundo corporativo, o principal ativo é o ser humano, disso não há dúvidas, afinal de contas, é através dessa relação que o trabalho realmente se efetiva. Nesse sentido, o capital humano é fundamental para o sucesso de qualquer organização. No entanto, esse movimento exige, por parte da empresa, a valorização do colaborador. E, nesses casos, o assistente social pode desempenhar uma série de funções estratégicas:

  • Auxiliar na integração das equipes: uma empresa que possui equipes integradas tende a ter mais facilidade na comunicação – processo que gera consequências diretas no aumento da produtividade.

Um assistente social possui a capacidade de compreender cada departamento e agir conforme as políticas da empresa nesse processo integrativo.

  • Auxiliar à liderança e à gerência na gestão de pessoas: na área de RH, o assistente social pode atuar junto da gestão de pessoas, auxiliando a gerência no que diz respeito à tomada de decisões importantes que possam impactar a qualidade de vida dos trabalhadores.
  • Gestão de pessoas: pode atuar na análise de situações de desmotivação dos colaboradores, baixo rendimento e conflitos entre os colegas no ambiente de trabalho.

A finalidade é identificar possíveis problemas e propor ações que possam transformar aquela realidade social, tornando os profissionais mais engajados.

Essas são, portanto, algumas das vantagens de ter um assistente social atuando na empresa. Do ponto de vista estratégico, investir nesse tipo de profissional no RH demonstra que a empresa valoriza o capital humano para além do desempenho técnico. Essa valorização, por sua vez, respalda-se na imagem institucional, melhorando o clima organizacional de modo geral e favorecendo, também, a retenção de talentos.

Além disso, pode representar uma vantagem competitiva no mercado, sobretudo diante de consumidores e investidores cada vez mais atentos às práticas sociais das corporações. Em tempos em que a saúde mental torna-se cada vez mais uma pauta central no universo do trabalho, o suporte técnico e humanizado no RH tornou-se fundamental.

 

0 / 5. Votos: 0